“Jesus também foi criança, assim como eu já fui.., correu como eu corri, brincou como eu brinquei..”
Jesus era feliz porque dava prazer ao Pai – Este é o meu filho amado em quem eu tenho todo o prazer – antes mesmo de começar a agir ou fazer qualquer coisa depois de seu batismo.A felicidade de Jesus sinaliza para o SER acima do FAZER e do TER.
Hoje, os produtos midiáticos dos neo-pentecostais – ou neo-cristãos – nos apontam para uma lógica insana de canonização do FAZER e do TER.
Tudo errado! A felicidade de Jesus nada tem a ver com a tirania da felicidade como bem escreveu o meu pastor.
Jesus viveu, conviveu, sofreu e condoeu – doeu com – com pessoas infelizes.
Eu creio em um Deus que se humanizou.
Os evangelhos precisam ser relidos com uma compreensão corajosa da realidade, existência e dos processos culturais e históricos que neles estão contidos. (e isso não tem nada a ver com a estigmatização dos fundamentalistas à chamada Teologia Existencialista e da Cultura)
Provocando: eu acho que falta muita reflexão existencial e cultural sobre a teologia vestal dos conservadores e fundamentalistas que insistem em uma teologia desumanizadora.
Fechando este parêntese, que só importa aos críticos incapazes, eu afirmo que a felicidade de Jesus era uma felicidade simples e curadora.
Toda felicidade que ignora a infelicidade dos outros – qualquer outro - não é a Felicidade de Jesus, é a Felicidade do anti JESUS, do antiCRISTO.
Jesus – o segundo Adão – sabia e ensinava que do lado-de-cá do JARDIM (do Éden) não há como conviver com a proposta de perfeição sugerida naquele momento ímpar e diferentemente santo.
Há uma proposta de santidade para aqueles que estão do lado-de-cá do Jardim, e essa proposta que deverá passar pela porta da sanidade que foi sinalizada pela encarnação divina, devendo ser considerada sem medos antes de replicar modelos farisaicos e impositivos a quem quer que seja.
Jesus foi feliz porque era santo.
Um santo que estava entre – convivendo – pecadores e pecadoras.
Um santo que sentia dores pelas dores dos outros.
Um santo que soube exatamente o que significava o padecer humano e a infelicidade existencial.
Pense nas rejeições enquanto vivo, o apóstolo João disse que os seus “não o receberam”.
Quando lembramos das cenas do filme de Mel Gibson, e em tom muito menor compreendemos o que foi aquele padecer, não há como desconsiderar a “VIA DOLOROSA”.
Jesus foi – e é – um santo que mesmo com a consciência da frugalidade do presente não deixou de ser feliz no presente.
Jesus, o Senhor do Tempo e da Eternidade entende a nossa necessidade de sermos felizes hoje e agora.
Sim, Jesus, Pai da Eternidade, nos ensinou que é possível comer, beber, dançar, sorrir, e se alegrar no presente dos humanos com quem ele decidiu amar e conviver.
Assim, eu que desejo ser feliz como Jesus, sem estoicismos e teorias caóticas e sem hedonismos insanos.
Sigo na jornada aonde o ser feliz é um estado coletivo e comunitário com as suas inevitáveis e dramáticas infelicidades.
Sigo na Jornada das ressurreições com Jesus o meu Senhor.
Porque, hoje, a felicidade pra mim significa ajudar as famílias e crianças UM POCO SOBRE JESUS/
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